Pois no antigo Egito acontecia justamente o contrário.
A maquiagem dos olhos usada pela rainha Nefertiti e outras mulheres continha chumbo e para elas também poderes de cura, invocando a proteção dos deuses Hórus e Ra, além de evitar doenças.
A maquiagem à base de chumbo usada pelos egípcios possuía propriedades antibacterianas que ajudavam a evitar infecções comuns na época, de acordo com um relatório publicado neste mês no "Analytical Chemistry", uma publicação da Sociedade Americana de Química.
Os pesquisadores usaram microscopia de elétrons e difração de raios-X para analisar 52 amostras retiradas de estojos de maquiagem egípcia preservados no Louvre e descobriram que a maquiagem era feita fundamentalmente pela mistura de compostos químicos à base de chumbo: galena, que produzia tons escuros e brilhantes, e os materiais brancos cerussita, laurionita e fosgenita.
No antigo Egito, na época em que o Nilo transbordava, os egípcios sofriam com infecções causadas por partículas que entravam no olho e traziam doenças e inflamações.
Os cientistas argumentam que a maquiagem com chumbo agia como uma toxina, matando as bactérias antes que se disseminassem.
Porém, embora sua pesquisa proporcione uma fascinante percepção de uma antiga cultura, os cientistas afirmam que a maquiagem não deve ser usada todos os dias.
A questão do chumbo na maquiagem continua a ser debatida na indústria de cosméticos, particularmente em relação às pequenas quantidades de chumbo encontradas em alguns batons.
Embora alguns grupos e médicos argumentem que, com o tempo, usuários de batom podem absorver níveis de chumbo capazes de resultar em problemas de comportamento, a FDA(agência que regulamenta a produção e venda de diversos produtos nos Estados Unidos) afirma que as quantidades de chumbo encontradas em maquiagens são pequenas demais para causar danos.
Fonte: NY Times
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