Não faltaram manobras pra adiar o máximo de tempo possível, mudar o teor principal, mas texto do projeto diz que pessoas condenadas por crimes comuns e políticos condenados por crimes contra o patrimônio público, improbidade ou corrupção estão impedidas de disputar as eleições. Na maioria dos casos o projeto prevê um período de inelegibilidade de oito anos para quem for condenado por órgãos colegiados de Justiça. Entre os crimes estão os contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o meio ambiente e a saúde pública, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, envolvimento com quadrilha, entre outros.
Mas... o projeto permite ao condenado que, ao recorrer da sentença, peça a suspensão temporária da proibição de disputar uma eleição. Se o benefício for concedido, o recurso ganharia prioridade para ser julgado.
Em meio a tantos discursos, cada político fez questão de ressaltar a importância de termos parlamentares mais honestos representando o povo e legislando para o povo.
Cena parecida com outros momentos políticos do país, mas sem tanta garra vista por exemplo a que aconteceu na época dos cara-pintadas que lutaram pelo Impeachment do Presidente Fernando Collor ou, nem de longe lembra a mobilização da votação, infelizmente perdida para a democracia naquele momento, da possibilidade de eleição direta em 1984, mas um grupo de eleitores lavou a rampa do Congresso.
Os mais conscientes que assistem aos discursos e presenciam as manifestações sem tanta ênfase, sabe que muitos dos que votaram sim, o fizeram por medo e com medo.
Por Medo de votar não e levar outro NÃO maior nas urnas durante as eleições deste ano.
Com Medo de votar sim e ter sua vida investigada, crimes levantados por inimigos, julgados, talvez punidos e assim impedidos de tentar um novo mandato, se não neste, em outros pleitos.
A votação foi calma, sem platéia grande presente no plenário, mas com parte do país acompanhando pela internet.
Até mesmo um dos políticos, Sérgio Barradas Carneiro, do PT-Ba, chegou a citas as redes sociais na internet: Twitter, Orkut, Facebook,... durante o discurso.
Depois de cada voto, lá estavam vários políticos twitteiros divulgando e recebendo RT de seus seguidores por ter dado sim ao "Ficha Limpa"
Projeto que não deveria nem ter sido pensado se realmente tivéssemos o cumprimento das leis e o tratamento igualitário para políticos e pessoas comuns, afinal somos ou não iguais perante a lei?
Se um candidato a concurso público deve ter sua ficha limpíssima, por que não o representante de um estado, uma comunidade, uma nação?
Não é segredo no Brasil que políticos corruptos e criminosos, se protegem através da imunidade parlamentar pra conseguir a impunidade criminal. Renunciar ao mandato pra continuar elegível também se tornou comum.
Ah, no final, o " placar" da votação foi apenas um não, atribuído ao Deputado Marcelo Almeida (depois colegas corrigiram que seria sim!) contra 388 que, na hora, apertaram o botão do sim.
Mas não acabou ainda, não comemore antes da vitória final.
Nesta quarta-feira alguns deputados podem levar os chamados "Destaques" que, se aprovados, modificam completamente o Ficha Limpa.
Depois segue para o Senado e tem que ser aprovado até dia 1º de julho pra valer ainda nestas eleições de 2010.
É, ainda tem muita manobra vindo por aí.
Proxima votação agora: VOTEM NÃO A IMUNIDADE PARLAMENTAR... mas aí, já seria exigir demais de nossos VALOROSOS políticos. Mas fala serio, o que tem de gente com FICHA SUJA e ALMA LAVADA não é brincadeira... SE LIGA BRASIL... SE LIGA FORTAL !!
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