Bilhete de trem derruba álibi mais de 50 anos após assassinato de menina
Jack Daniel McCullough foi indiciado pelo sequestro e assassinato de uma menina de 7 anos
A descoberta de um bilhete de trem antigo acabou levando ao indiciamento de um suspeito em um caso que assombrou a cidade de Sycamore, no Estado americano de Illinois, por mais de 50 anos.
Jack Daniel McCullough, hoje com 71 anos, foi indiciado pelo sequestro e assassinato de Maria Ridulph, uma menina de 7 anos que desapareceu enquanto brincava com uma amiga perto de casa em dezembro de 1957.
Segundo os arquivos do jornal Dekalb Daily Chronicle, a amiga disse que um homem havia se aproximado delas, se apresentado como "Johnny" e perguntado se elas não queriam montar nas costas dele. A amiga de Maria foi então para casa buscar suas luvas e quando voltou, eles não estavam mais lá.
As buscas por Maria envolveram mais de mil policiais e chamaram a atenção do presidente Dwight D. Eisenhower e do chefe do FBI J. Edgar Hoover, que queriam receber informações sobre o caso diariamente, de acordo com o procurador-geral do Condado de Dekalb, Clay Campbell.
Os restos mortais de Maria foram encontrados meses depois, em abril de 1958, por duas pessoas que procuravam cogumelos no noroeste do Estado.
Na época, McCullough usava outro nome, John Tessier, tinha 18 anos de idade e era um dos suspeitos do crime.
"Ele se encaixava na descrição do suspeito, estava usando as mesmas roupas, tinha o mesmo primeiro nome, 'Johnny', e morava a um quarteirão", disse o chefe da polícia de Sycamore, Don Thomas.
Mas ele tinha um álibi: ele estaria viajando entre Rockford e Chicago na hora em que Maria desapareceu. O caso esfriou depois que Tessier se tornou militar e mudou seu nome para Jack Daniel McCullough.
Segundo a polícia de Sycamore, as autoridades receberam, anos atrás, novas pistas sobre o caso, que voltaram a colocar McCullough no centro das investigações.
Thomas confirmou à mídia local que um antigo bilhete de trem, do dia em que Maria Ridulph desapareceu, foi uma das pistas que levaram à prisão de McCullough.
Segundo documentos apresentados ao tribunal e obtidos pelo The Seattle Times, durante uma entrevista, em 2010, com a mulher que era namorada do acusado na época do crime, a polícia pediu que ela encontrasse fotos dos dois juntos.
Em um dos porta-retratos, ela encontrou o bilhete de trem, que ele havia dado a ela, e que não havia sido usado, já que não tinha nenhum carimbo. Isso provaria que McCullough não havia feito a viagem e que seu álibi não era válido.
Segundo a polícia, não há prova de DNA, mas há fortes indícios da culpa do acusado.
"Durante a entrevista (com McCullough), conseguimos confirmar que ele é o criminoso", disse Thomas ao Dekalb Daily Chronicle. McCullough está preso e a fiança foi estabelecida em US$ 3 milhões.
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