domingo, 10 de outubro de 2010

ECOS DE UMA ELEIÇÃO


Uma semana após a votação, ainda se discute em todo país e, principalmente na imprensa, a eleição de Tiririca com um número recorde de votos: mais de um milhão e trezentos mil.
Chamado insistentemente apenas de palhaço, e não de humoristas como antes, reviram o passado do cidadão em busca de qualquer deslize que possa jogar no lixo a quantidade de votos que ele recebeu.
Não votei, até por conta do meu domicílio eleitoral, não seria minha escolha como candidato, mas defendo o direito que ele tem, como cidadão brasileiro e se preencheu todos os requisitos na hora da inscrição, de participar da eleição.
Quem não verificou a autenticidade da documentação?
Por que somente depois da real possibilidade de eleição do Tiririca, os homens da leis decidiram impugnar a candidatura?
Por que somente agora até o portal d notícias G1 corre atrás do arquivo morto nas escolas de Itapipoca? E se ele não estudou lá?
Não vou nem citar nomes porque não caberão todos, mas quantos são os políticos que já foram pegues com a mão no dinheiro público e colocaram bens em nome de terceiros pra escapar do leão do Imposto de Renda e/ou da prisão?
Quantos renunciaram por ter corrupção e desvios provados e voltaram em eleições seguintes pra seguir com a roubalheira? Por que ainda continuam escapando do "Ficha Limpa"?
Quantos outros, tão improváveis como o Tiririca já foram eleitos? Um macaco do zoológico do Rio, um hipopótamo em São Paulo, uma stripper na Itália(esqueceram da Cicciolina que mostrava os seios? Lá fora também tem disto), Clodovil que gastou uma pequena fortuna redecorando o gabinete,...
Quantos outros, pelo país todo, venceram nas urnas com grande número de votos e não foram eleitos por causa de um quociente eleitoral, criado para beneficiar sempre as mesmas figuras?
Este barulho todo é só defesa da política brasileira ou vergonha por ver a cidade mais rica e desenvolvida da América Latina ser destaque internacional por causa da eleição de um palhaço(não humorista) e ainda por cima nordestino e analfabeto?
Um pouco deste preconceito, que infelizmente sempre vai existir, pode ser lido no comentário do colunista Tutty Vasques, mas aproveite e veja também os comentários postados.
Repito: não aceito mentiras, nem do Tiririca, nem de outro político que faz da vida pública profissão. Todos merecem as devidas punições se transgrediram as leis.
Acho que nosso grande erro começa na diferença entre o político e o trabalhador comum.
Se um é eleito pra representar o outro, por que ser tão cheio de privilégios?
O expediente nas Assembleias, na Câmara e Senado nunca é de 8 horas durante sete dias.
Os políticos deveriam manter suas profissões e, em determinados dias participar das votações, a exceção apenas para Governador, Prefeito e Secretários que devem ter dedicação exclusiva.
O salário de todos deveria ser apenas simbólico, nada de salário extras pra votar o que foi esquecido ou "embromado" durante o ano. Um trabalho quase que voluntário.
Contas abertas durante a vigência do mandato para avaliação semestral dos ganhos, a obrigação de relatar mensalmente o que foi produzido e, caso fosse pegue em deslize grave, impedido de vez de participar de qualquer outra eleição, mesmo que fosse pra líder da torcida do time do filho.
Queria ver se, desta forma, teríamos a enxurrada de gente tentando entrar pra vida pública!
Provavelmente iriam até sobrar vagas para tais representantes do povo e só as pessoas com vocação para liderança e defesa do bem comum continuariam.
Mas... este sonho ainda está anos luz de distância do Brasil de hoje.
Tomara que um dia o país chegue lá!

Um comentário:

  1. parabéns pela sua colocação! CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU! BJUUUSSS.. FICA C DEUS!

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